Quando o vi foi como se já o conhecesse de algum lugar.
Naquele dia as nuvens se espalharam dando lugar à visão celestial que nos cobria,
todavia, nem reparávamos no céu que nos servia, só sabíamos que estávamos banhados pela essência anil.
Sem percebermos entramos um no outro logo ali, naquele mesmo dia em que para mim você sorria.
Era como se flutuasse, como se você entranhasse em meus poros com sua áurea.
Neste dia você me roubou de mim.
Fez-me pertencê-lo não por obrigação, mas por amor.
Nunca pensei que tal ardor pudesse ressurgir nesse sôfrego corpo que age por instinto,
jamais imaginei amar alguém entregando-me de forma poética e cálida a outro eu.
Mesmo à distância, amo.